Será que já podemos
substituir a letra “I” da TI por INTELIGÊNCIA? O futuro, agora tão próximo,
parece apontar para as tecnologias direcionadas ao mercado de dados para gerar inteligência,
pouco se fala na informação. Nada vale se a “tal da informação” não se
transformar de forma mágica e rápida em inteligência. As empresas entenderam
que algumas tecnologias estão mudando os ritmos e a tomada de decisão dos
negócios e começam a correr para se atualizar por meio da mobilidade, computação
em nuvem, big data e redes sociais. É uma viagem sem volta, levando a TI à uma
posição mais estratégica e com foco no cliente (quem usa!).
São algumas
tendências que causam a ruptura de modelos tracionais de consumo de tecnologia.
Brasileiros fiéis frequentadores de redes sociais como Twitter, Facebook e Google+.
Em 2017 serão 110 milhões de acordo com a consultoria americana eMarketer. Isso
acaba gerando uma busca incansável por mobilidade. No 2º trimestre de 2013 a
venda de smartphones superou a de celulares comuns. Segundo a consultoria IDC
foram 8,3 milhões de smartphones e 6,7 milhões de celulares. Isso se deve
também à redução dos preços dos smartphones frente a concorrência direta com
fabricantes chineses.
De acordo
com a E.life, essa expansão ocorre em todas as faixas etárias e classes
sociais. Esses pequenos equipamentos de alta performance acabam rebaixando os
PCs e indo parar dentro das empresas. Isso traduz a “consumerização”, que é a tecnologia mais intuitiva, com os usuários mais
familiarizados com seu uso e substancialmente mais autossuficientes para
escolherem por si mesmos quais dispositivos, apps e métodos irão utilizar para
trabalhar (self-service). Isso significa levar seus próprios hábitos diários e
sociais para dentro da empresa!
A computação
mais intuitiva - acessível a todo instante e na ponta dos dedos - gera um dos
principais sintomas: o BYOD (Bring Your Own Device) que pode
ser traduzido como “traga seu próprio dispositivo”. Isso significa que os colaboradores
estão usando tablets e smartphones no seu dia a dia e querem trazê-los para
seus ambientes de trabalho, normal não? Tão normal que já está criando uma
ruptura na TI. O BYOD permite que os colaboradores usem dispositivos que mais
os agradam para a realização das suas tarefas profissionais. O “departamento de
TI” não é mais o guardião do ambiente tecnológico e nem tão pouco poderá
homologar tudo que vem por aí através dessa onda.
A TI deve aproveitar
o momento e ser estratégica através de uma liderança proativa nesse processo.
Questões de risco, legais e trabalhistas devem ser fatores de ponderação para tomar
as devidas ações e definir adequadamente as políticas. Claro, regras devem
existir! Empresas começam a buscar como utilizar essa potencialidade dos
usuários de tecnologia, mas entendem que ainda é difícil devido ao grande
volume de informações dos ambientes móveis e sociais. Como investir sem
garantias de resultados? É importante começar e experimentar, tatear esse novo
personagem - do mundo digital - capaz de acessar em média 48 vezes seu
smartphone em busca de novidades. É aqui que surge uma das grandes tendências,
o big data.
O Big Data é um
conjunto de soluções, processos e métodos de TI capaz de trabalhar com dados
digitais em grandes proporções de armazenamento e velocidade de transmissão.
Seria como extrair inteligência – sem quase intervenção humana – para estruturar
dados em determinados contextos para a tomada de decisão. Como exemplo, é como
traçar perfis em decorrência do uso desses pequenos dispositivos móveis fazendo
essas novas tecnologias comungarem com dados embaralhados e em grande
quantidade. Essa é a principal tendência muito bem mapeada e relatada pelo
Gartner Consulting, segundo a consultoria crescerá mais de 50% até 2015.
Cerca de 90%
de toda a informação disponível na internet foi criada nos últimos 3 anos. Esse
processo está apenas aumentando a cada dia por meio da utilização de computação
nas nuvens pelas empresas, num mercado com previsão de crescimento de 40% até
2016 segundo a Frost & Sullivan. Fica claro que o uso da nuvem é também uma
tendência sem volta, uma vez que as pessoas não querem mais “carregar” suas
informações, mas, sim, “acessá-las” por meio dos seus dispositivos móveis. O cloud computing é um local remoto, fora do ambiente físico da empresa e tem na
disponibilidade e na economia seus maiores incentivadores. As empresas diminuem
seus investimentos em infraestrutura e colocam seus arquivos, programas,
plataformas e outros serviços para serem acessados via internet. Pagam pelo uso
e não pela propriedade. Já é fato!
Isso tudo
somado nos faz entender que estamos a caminho da tecnologia inteligente e integrada com foco no cliente, aquele chamado pela TI de usuário (nome ultrapassado!). São
verdadeiramente clientes – cidadãos digitais - que escorrem os dedos através
dos seus próprios dispositivos em busca de experiências em tempo real e personalizadas,
a qualquer momento e a todo instante.