Nos últimos 10 anos, como consultora
estratégica, pude colaborar para inúmeras empresas de mercado e vivenciar
negócios diferenciados em busca de resultados cada vez mais desafiadores, tendo
em vista o momento de alta competitividade no Brasil. Essa visão me permitiu
diagnosticar uma comum ausência de conectividade entre as unidades
organizacionais e, com isso, a necessidade urgente de profissionais que tenham
uma visão mais estratégica e orgânica da empresa. Profissionais que possam ter
uma visão do todo empresarial, interna e externamente, e que venham a liderar
essa integração entre as partes a partir de melhores práticas, metodologias, técnicas,
atitudes, habilidades e, fundamentalmente, conhecimento.
Esse profissional é o Analista de Negócios e da Informação,
um estrategista que pensa de forma integrada e colaborativa durante toda ação
no negócio. Ele exerce um papel de integrador através de suas competências,
habilidades e atitudes. Adota uma postura proativa em relação ao entendimento
das necessidades do negócio, contribuindo para evidenciar a sua participação na
geração de valor. Capaz de analisar o negócio por meio de práticas de
observação, entrevistas, análises, ações consultivas, tutoria e, sempre,
liderança. Alguém que entenda suficientemente de tecnologia e de informação a
ponto de viabilizar a gestão empresarial em tempo real.
O Analista
de Negócios e da Informação ainda deve se diferenciar através de um olhar empresarial
- verdadeiramente holístico - que consiga alinhar 4 PILARES FUNDAMENTAIS, que
são:
- A Visão ESTRATÉGICA do NEGÓCIO.
- A Visão TÁTICA do NEGÓCIO por PROCESSOS
- A Visão do VALOR da TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
- O desenvolvimento das COMPETÊNCIAS PESSOAIS certas, através de CONHECIMENTOS, HABILIDADES e ATITUDES.
Não são profissionais tradicionais e,
tão pouco, fáceis de achar. Além disso, nem sempre estão prontos e ainda devem
desenvolver algumas habilidades e conhecer algumas ferramentas. E como se não
bastasse devem ser éticos, confiáveis, dotados de uma facilidade em se
comunicar e se expressar e ainda, ser altamente interativos e colaborativos.
Surreais? Não! Na verdade são profissionais que estão surgindo vagarosamente e
sendo absorvidos como água em um mercado empresarial sedento por empreendedores
organizacionais, também conhecidos como intraempreendedores. Profissionais que
buscam o crescimento, a inovação e a consolidação do negócio como parte
integrante de um todo!
Se fosse possível – já se sabe que não
é! – definir em apenas uma palavra o Análise
de Negócio e da Informação, seria “o articulador”. Com o dicionário em
mãos, pode-se buscar a essência dessa palavra de origem latina articulare, no português “articular” é conceituada
como “Unir por meio de uma ou mais articulações” ou “Ligar (-se), unir (-se), vincular
(-se)” ou “Pronunciar clara e distintamente”. O papel de um articulador é unir as partes do negócio para que
todos tenham uma visão orgânica e íntegra da empresa; é propor às partes a
criação de relações interdependentes orientadas para o resultado; é criar
ligações através de processos bem delineados e tecnologias bem modeladas; é em
resumo, mostrar claramente como um trabalho alinhado e direcionado à estratégia
cria resultados sensacionais e com custos mais atrativos.
Um profissional dotado de tanta
responsabilidade deve saber entender que a tomada de decisão assertiva é sua
maior riqueza. Articular nesse momento é a simples ação de saber escutar as pessoas,
para então, propor decisões que virão de alguma forma integrar todas as
possibilidades por meio dos objetivos organizacionais. É negociar!
O papel de Análise de Negócio e da Informação pode ser exercido por qualquer
profissional sem necessariamente ter esse “cargo” declarado em seu cartão de
apresentação. Como descrito, trata-se de um papel e, vem se tornando essencial
a cada dia, pois sua inclusão declara instaurado o pensamento crítico - e
criativo! - em busca dos resultados requeridos pelo negócio. Quem se habilita em executar esse “novo”
papel?
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